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Novembro Roxo: Inteligência Artificial é Aliada na Redução de Sequelas e Taxa de Mortalidade de Prematuros

O monitoramento constante por meio de eletrodos ligados ao cérebro analisa um grande volume de dados e fornece informações em tempo real.

Tecnologia que auxilia no monitoramento integral dos prematuros internados na UTI Neonatal

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 11% dos nascimentos ocorrem antes das 37 semanas de gestação, o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como prematuridade, e a maioria precisa de cuidados das Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) neonatais, onde recebe o monitoramento em tempo integral de equipes multiprofissionais e equipamentos de última geração. O período de internação se faz necessário devido ao bebê prematuro não ter a completa formação de todos os órgãos e por estar com a imunidade em desenvolvimento. Assim, recebe toda a assistência necessária em caso de alguma intercorrência, evitando problemas futuros.

Por isso, os investimentos em tecnologia avançam a passos largos para minimizar os impactos da prematuridade nesses pequenos guerreiros. No Vera Cruz Hospital, em Campinas, interior de São Paulo, nasceram 109 bebês prematuros entre janeiro e outubro deste ano. Treze foram acompanhados por um moderno recurso desenvolvido por médicos brasileiros e supervisionado pela empresa PBSF (Protegendo Cérebros e Salvando Futuros, na tradução do inglês). A tecnologia utiliza a Inteligência Artificial (IA) para monitorar bebês recém-nascidos, diagnosticando e possibilitando o tratamento precoce de lesões cerebrais de alto risco, bem como reduzindo a mortalidade neonatal e as sequelas neurológicas, que, muitas vezes, podem impactá-los ao longo da vida.

“Após iniciarmos o uso dessa tecnologia na nossa UTI neonatal, conseguimos um manejo mais assertivo e adequado das condições neurológicas dos recém-nascidos de risco. Isso nos possibilitou o uso rápido de procedimentos e medicações em casos de crises convulsivas subclínicas (sem manifestação clínica evidente) e ajudou a esclarecer quadros que pensávamos ter crise epiléptica e não havia, evitando a utilização de medicações que poderiam ter efeitos colaterais ruins para os bebês”, explica a médica Michelle Marchi de Medeiros, coordenadora da UTI Neonatal e Maternidade do Vera Cruz Hospital.

O monitoramento constante por meio de eletrodos ligados ao cérebro analisa um grande volume de dados e fornece informações em tempo real, que, de forma manual, levariam muitas horas (e até dias) para serem analisadas. Essa tecnologia, aliada à atenção plena e ao conhecimento técnico das equipes assistenciais, ajuda na tomada rápida de decisões personalizadas, com desfechos favoráveis e alta eficiência. Ao menor sinal de alteração clínica, o sistema emite um alerta à equipe presente no plantão, que conta com o suporte remoto de um time de especialistas multidisciplinares 24 horas por dia, sete dias por semana.

Fonte: https://guiadobebe.com.br/novembro-roxo-inteligencia-artificial-e-aliada-na-reducao-de-sequelas-e-taxa-de-mortalidade-de-prematuros/